The Witcher: Blood Origin


Poderia ser uma história de RPG, mas deixou a desejar como série

Filipe Lutalo

Detonado pela crítica, The Witcher: Blood Origin segue o clichê de uma aventura de RPG, mas poderia ser bem mais empolgante. Ruim para uns, inspirador para quem curte RPG.

Você poderá gastar:

“Mais de mil anos antes dos acontecimentos de The Witcher, sete párias do mundo dos elfos se unem em uma missão contra um poderoso império.” A sinopse é curta como a série de quatro episódios e, para quem assistiu as duas primeiras temporadas, não chama muita atenção. À minha pessoa, tem uma similaridade imensa com quaisquer aventuras de RPG, onde pessoas improváveis são unidas para combater um mal que assola a todos.

De modo geral a história é muito rápida e poderia ter sido mais bem trabalhada para que o publico tenha empatia com os personagens. Na forma que foi apresentada, falta um pouco de emoção e tempo para que os telespectadores entendam a que se presta cada personagem.

O primeiro episódio é a apresentação dos personagens principais Eilie e Fjall. Ela, também conhecida como Cotovia, é uma barda com origem no Clã dos Corvos. Fjall é um guerreiro com origem no Clã dos Cães. No episódio 2, Eile, Fjall encontram Scian, da tribo Fantasma. Eles traçam um esquema arriscado que leva a uma tempestade de problemas. No episódio 3, nossos heróis se unem a outros Elfos e conhecem Meldof, uma anã, e sua amada Gwen. Sacrifícios são necessários. No fim, eles partem para o confronto final no último episódio.



Os jogadores de RPG repararão que só existem duas raças no cenário, elfos, em sua grande maioria e ações. É bem interessante essa pegada para desmitificar os esteriótipos elfos dos mundos tradicionais de fantasia. Além, disso, Blood Origins faz um contraponto às duas primeiras temporadas que mostram os elfos dominados pelos seres humanos. Longe de serem amantes e protetores da natureza, os elfos são sanguinários e sujeitos às suas emoções e ambições.

Deixemos as críticas para os especialistas e vamos as coisas em comuns entre a mídia e a construção de aventura de RPG. The Witcher: Blood Origins poderia ser estruturada como uma one-shoot, isto é, uma aventura de sessão única. Nesse tipo de aventura, a história pregressa dos personagens pode ser encurtada para focar na missão principal. Os eventos são uma linha reta, com alguns perigos para dar emoção, direcionando mais e mais os personagens para o clímax.

Recomendo assistir a série. Ela é curta e pode ser fonte de inspiração para aventuras de RPG com duração similar. Apesar de não ter agradado a crítica e aos fãs da série, ela tem o seu valor para o público que joga RPG. Os efeitos visuais são legais e dá elementos para se construir uma one-shoot. Ruim para uns, inspirador para quem curte RPG.



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Gostou da série The Witcher: Blood Origin? Qual personagem você criaria? Jogaria uma aventura somente com elfos? Comenta ai?







2 comentários:

  1. A comparação com uma aventura regular de RPG é bem válida... Eu não achei The Witcher: A Origem necessariamente ruim, mas ela não tem carisma suficiente para cativar quem esperava um pouco mais do que uma produção fraca para mediana, principalmente para a história que se propõe contar. A Michelle Yeoh é sub aproveitada e a ambientação não tem força para se destacar. A única coisa realmente positiva que achei foi o uso de anões de verdade para interpretar, pasmem, anões.

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    1. Acho que você foi no ponto. Faltou carisma e é uma série bem rápida. Não dá tempo de pegar o público.

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