Hammerblood 2 - Capítulo XVI


O destino de Traver
(por Filipe Dias)

Colossos demorou trinta minutos para alcançar o grupo formado por Araor, o mago; Nihill Twohand Sword; Elster, o halfling; e Wilmorn, o bardo. Depois que o grupo deixou o guerreiro de quase dois metros de altura a par dos acontecimentos, resolveram entrar na caverna. Elster conjurou uma magia de luz sobre o escudo de Colossos, que foi à frente do grupo, iluminando o caminho.

A estrada de pedra seguia por um corredor estreito. Logo depois chegava à um salão com um lago raso no meio. O tempo estava contra eles. Colosssos, Araor, Nihill avançaram, enquanto Elster parou e conjurou sobre si uma magia de invisibilidade. Wilmorn vinha logo na retaguarda.

Deixaram esse salão e seguiram por outro corredor. No fim dele se depararam com outro salão. Grande, repleto de estalagmites. O teto parecia ser tão alto que não dava para enxergar. A luz do escudo de Colossos iluminou Traver caído no fundo da caverna. Sobre ele, dois diabretes alimentavam-se de sua carne.

Colossos avançou para cima dos diabretes. Nesse momento, o demônio e dois outros desceram da escuridão do teto e o cercaram. O demônio era negro como a noite e carregava um tridente mágico. Colossos desviou dos golpes e retornou para a entrada do salão.

Foi um combate estratégico. Colossos e Nihill ficaram na frente, para evitar que os diabretes e o demônio os cercassem. Araor disparou relâmpagos contras os inimigos que se esquivaram habilidosamente. Wilmorn atacava com a adaga magica e Elster começou a concentrar em uma nova magia.

O demônio agitou o tridente e trevas profundas encobriram a ele e seus servos. O  grupo percebeu que se avançassem para dentro das trevas seriam mortos, mas se ficassem muito tempo parado, a vida de Traver estaria perdida. Alguns segundos se arrastaram na indecisão, até que Wilmorn gritou:

- Demônio dos infernos, sua covardia é mais abominável que até dos mais fracos dos humanos. Enfurecido, o demônio saiu das trevas e atacou. Elster rapidamente moldou terra em volta do demônio e o aprisionou.

Colossos aproveitando a chance deferiu um golpe poderoso com o seu machado e destruiu a criatura. Numa nuvem de fumaça negra, o corpo do demônio desapareceu.

Assim que as trevas dissiparam, correram ao encontro de Traver, jogado inconsciente no fundo da caverna.

***
Todo o grupo estava de cabeça baixa. Nihill fez uma oração para a alma de Traver. Eles tinham chegado tarde demais. Os diabretes já o haviam matado. Na cova aberta magicamente por Elster, jazia o corpo de um companheiro.

Lentamente a terra começou a cobri-lo. Por fim, fincaram uma cruz de madeira na cabeceira da cova e voltaram em silêncio para o acampamento. Se tivessem sido mais rápidos, se não o tivessem deixado ir para a ronda sozinho. Vários pensamentos os torturavam, mas nada seria capaz de trazer Traver de volta.

4 comentários:

  1. Pelas minhas barbas!!!! Este capítulo foi deveras emocionante!

    Parabéns, nobre druida. Espero ver logo esta série em formato de livro!

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    1. Obrigado Odin! Foi emocionante mesmo. Apos a sessão parecia que os jogadores tinham perdido um companheiro, dado o silêncio na mesa!

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  2. É importante os jogadores terem uma visualização de tempo numa aventura, assim como na vida real. Assim como um senso d urgência, qdo for o caso. Isto, infelizmente, foi o q faltou ao grupo, q enrolou demais pra resgatar o Traver.

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    1. Era arriscarem-se ou esperar para estarem com força total. Numa batalha, estar 100% preparado é o ideal. Entretanto, se não há condição para isso, tem que improvisar!

      Realmente, o grupo não chegou a tempo, porque esperaram muito para ter força total!

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