Rolando os dados


Imparcialidade vs. Bom senso
(por Filipe Dias)

Alguns mestres e sistemas se apóiam nas jogadas de dados para decidirem todas as ações numa partida de RPG. Outros, preferem usar o raciocínio e raramente rolam os dados sobre a mesa numa seção. O que é melhor, jogar dados ou usar o raciocínio?


Uma das celebres frases de Stephen Hawking: “Deus, de fato, joga dados. E o problema é que muitas vezes ele os lança em lugares que não enxergamos”. Alguns mestres jogam dados para tudo. Ele se diverte fazendo os jogadores passarem por jogadas difíceis e quando esses são bem sucedidos, suspiros são arrancados em volta da mesa. Entretanto, muitas vezes o jogo fica moroso, pois ações triviais acabam sendo decididas nos dados. Os jogadores e o mestre começam a usá-los como muleta e preferem jogar dados até para decifrar uma charada escrita em um pergaminho. Os dados determinam à sorte do personagem. “Ops! Falha crítica no seu teste de escala, você caiu de dois metros de altura e, de cabeça... morreu”.

Por outro lado, como disse Albert Einstein: “Deus não joga dados com o universo” – define o mestre que deixa de lado os rolamentos de dados. Ele prefere utilizar as estatísticas dos personagens para decidir se uma ação foi bem sucedida ou não. A regra para ele não é importante e sim a história que está sendo criada. A grande vantagem desse método é que a aventura nunca esbarra na aleatoriedade dos dados. Se seu personagem possui alto nível em escalada, você consegue escalar aquele paredão de pedra sem correr o risco de sofrer com uma falha crítica. Alem disso, sobra mais espaço para a interpretação. A desvantagem é que se o mestre decide que o personagem falhou, ele falhou. Assim, a aventura ganha um grande dinamismo, mas os jogadores devem estar de acordo como mestre para não ficarem com a sensação que estão sendo manipulados na trama.

Quando se utiliza o bom senso, os dois métodos podem ser mesclados. Para aquelas jogadas triviais, os dados podem ser deixados à parte e o mestre faz com que a aventura flua. Em outras situações, como no combate, o mestre aplica os dados e deixa que a probabilidade decida a sorte dos personagens. As seções de jogo se tornarão dinâmicas e excitantes quando for necessário recorrer aos dados. Os dois elementos são preservados, a interpretação e a sorte. Afinal de contas, RPG significa jogo de interpretação.

2 comentários:

  1. Ai Galera, a foto foi para foi para lembrá-los que o dado transparente pertence ao mestre e que sábado tem jogo! Abraços!

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  2. Esse dado transparente é impressionante, só tem 1 e 6 nele, 1 para teste de NH dos npcs e 6 para o jogada de dano dos npcs, e ainda por cima o dado tem vida propria, advinha quando é teste de NH e rolagem de dano.

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