O lançamento de AD&D não foi um sucesso no Brasil. Entenda o porquê e veja como a Wizards of the Coast repete o mesmo erro com D&D 5.5.
Nesse vídeo, vou te contar porque o lançamento de AD&D em português foi uma tremenda falha critica e Por que a WoC erra em não traduzir o D&D para português.
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Ao longo desses anos, foi frustrante ver como que o AD&D, lançado pela Abril Jovem em 1995 teve uma vida curta em português. Na minha opinião teve erros e a WoC repete o mesmo com o D&D 5.5.
Sem dúvida, Dungeons & Dragons é o título de RPG mais falado no meio. Fora do RPG, tem desenho animado, filmes e várias mídias inspiradas no título que foi um dos fundadores do RPG como conhecemos. Entretanto, por que o lançamento de AD&D no Brasil flopou?
Voltemos para a década de 1990. AD&D é um dos títulos mais jogados no Brasil. Revistas especializadas da época sempre tinham uma aventura de AD&D para agradar ao publico. Um mercado consumidor tão efervescente atraiu os olhos da Abril Jovem que lançou o Firt Quest e os livros do Jogador, do Mestre e dos Monstros em 1995. Porém, logo em seguida, os direitos autorais em português foram passados para a DEVIR.
Quatro fatores foram decisivos para que as vendas do livro não explodissem:
1) Custo
Em 1995, o salário mínimo era de R$100,00. Somente o livro do Jogador de Ad&D custava R$45,00. Era quase metade do salário mínimo. Para se kit básico, Livro do Mestre e o Livro dos Monstros e livro do Jogador, precisaria desembolsar R$150,00 o que equivaleria a 2277,00.
Convenhamos, para a maioria da população, o acesso ficava bem complicado.
2) Concorrentes de peso
O Ad&d encontra concorrentes de peso no mercado e mais acessível. Vampiro a Máscara e Lobisomem o apocalipse tinham pintado nas terras brasucas e caiu no gosto dos novos e antigos jogadores. Além disso, o GURPS 2 edição que já estava consolidado contava uma boa cadência de publicação de suplementos, como o GURPS Cyberpunk, GURPS Viagem no Tempo, GURPS Magia e GURPS Fantasy.
3) Sem novidades para a geração Xerox
O Livro do Jogador foi lançado em abril de 1995 trazia uma revisão das regras, mas nada muito diferente do que a geração Xerox já estava acostumada. E este é outro fator, o publico de AD&D já jogava o produto, usando cópias xerocadas em inglês. Por qual motivo eles adquiririam os mesmos manuais em português? Eu só posso acreditar que a Abril Jovem está mirando em novos jogadores, mas a estratégia não deu muito certo.
4) Lançamento do Dungeons & Dragons 3ª Edição
A Devir comprou os direitos autorais da Abril Jovem e continuou com as publicações de AD&D. Lançou o Reinos Esquecidos e As Ruínas de Undermountain. Aí veio a última pá de cau. Começou a ventilar que a Wizard of The Coast lançaria o D&D 3 edição. Então, quem estava juntando grana para comprar o AD&D teria a chance de adquirir um manual atualizado. O lançamento aconteceu em 2000 pela WoC e no Brasil em 2001 pela Devir.
5) Wizard of the Coast erra não publicar em português
Eu desconheço os motivos que levaram a WoC deixar de publicar o D&D em português. Será que eles consideraram as vendas da 5 edição muito ruins? De qualquer forma, é um erro. Com o compartilhamento de pdfs em inglês e o uso de IAs para tradução, D&D 5.5 tende a ser pirateado. Sem falar que outros títulos podem ocupar o espaço para aqueles que não se importam tanto com o sistema. Por fim, uma decisão tardia em voltar a publicar o D&D em português se tornará um fiasco de vendas depois de os fãs tiverem adquirido os livros em inglês ou traduções deles por meios menos legais.
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