Hammerblood 2 - Capítulo II



Nihill, o adorador obscuro. (por F.L.Dias)


Ao chegarem em Kethalos, os aventureiros Araor, Elster e Nihill realizaram o registro na guilda. Para a surpresa de todos, era necessário pagar uma peça de ouro. Como Araor e Nihhil não possuíam dinheiro, ofereceram seus serviços, o que lhes custou duas semanas de trabalho. O estabulo da guilda serviu de quarto para eles, pois era a única coisa que conseguiam pagar.

Após as duas semanas retornaram para Hammerblood e foram chamados à presença do baronete Eöul Hammerhand. Com portas fechadas, em uma sala particular, o baronete os recebeu.

- Senhores, Araor, Elster e Nihill, onde estavas quando mais precisei do vosso serviço? Não posso culpá-los por abandonar Hammerblood, pois são homens livres e não possuem juramento de lealdade à minha família.

- Senhor lorde, apesar de sermos homens livres estamos ao seu dispor – falou Araor em defesa do grupo.

Então, Hammehand relatou que Berd fora sequestrado quando retornava do castelo do conde Darius Kethalos. Dias depois, um emissário de Hidelban veio até Hammerblood exigindo a lealdade do baronete e que o mesmo tornasse um espião para Hidelban. Se não cooperasse, seu filho morreria.

- Não posso cooperar. Jurei lealdade e prestei minhas homenagens a Kethalos. Entretanto, preciso salvar meu filho. Peço a vós que partam essa noite e em segredo para Hidelban e salvem meu filho – falou o baronete. Vocês possuem um mês para encontrá-lo. Ninguém deverá suspeitar de vocês, pois meu filho pagará com a vida. Aqui está quinhentas moedas de cobre para cada um. Quando retornares, serão recompensados com o triplo dessa quantia.

Ao cair da madruga, quando todo feudo dormia, os três aventureiro partiram. Araor fora até a mina de cobre eu pegou três sacos que foram preparados com suprimentos para até Kethalos.

Quando raiou o sol, eles chegaram até a bifurcação da estrada, onde havia ocorrido a emboscada. Elster resolveu procurar por alguma pista dos sequestradores e após um busca na mata, encontrou um cachimbo com as inicias “CS” escritas em ouro. Elster mostrou o cachimbo para Araor.

- Talvez pode ser uma pista – falou Elster. Entretanto, ninguém reconhecia as iniciais. Sem perder tempo, partiram para a cidade de Kethalos.

***
Os aventureiros chegaram à cidade fortificada à noite. A noite já estava bem avançada e os portões fechados. Nihill, não estava confortável em dormir fora da segurança de uma taberna. Alem disso, um acampamento cigano próximo o preocupava. Assim, realizou uma magica vôo e atravessou por sobre as paliçadas de madeira sem que os guardas o vissem. Araor e Elster resolveram acampar e revezara-se nos turnos de guarda.

Na taverna, Nihill alugou um leito. Enquanto negociava com o estalajadeiro, percebeu que três homens o observavam. Durante a noite, ele colocou alguns lençóis sobre seu cobertor simulando que havia alguém na cama. Eis que os homens surgiram pelo corredor com facões e espadas em punho. Escondidos nas sombras, Nihill se teletransportou para fora da taverna. Talvez a cidade não fosse um lugar tão seguro quanto imaginava.

***
O dia amanheceu e os aventureiros se encontraram na praça da cidade. Depois de comprarem provisões, decidiram procurar uma caravana que estivesse partindo para Hidelban e se alistarem como mercenários. Desse modo não levantariam suspeitas.

Era quase meio dia quando encontraram um judeu que estava de partida, sozinho para o sul. O homem alegou não ter dinheiro para pagar, mas gostaria da companhia. Após deixarem a cidade e atravessarem a ponte sobre o rio John, que separa Kethalos de Hidelban, Nihill e nosso caro judeu chamado Bem Ami puxou assunto.

- Porque estão indo para Hideban – perguntou o mercador.

- Estamos em busca de trabalho – falou Nihill. Ouvimos dizer que é um lugar bom para alistar-se como mercenário.

- Realmente, dizem que uma guerra é iminente. Mas a propósito, se vamos compartilhar essa viagem poderia saber o nome de meus companheiros?

Todos se apresentaram e por último Nihill completou:

- Chamo-me Nihill, o monge.

- Mas de qual congregação – perguntou curioso o mercador, pois Nihill não ostentava nenhum símbolo cristão.

- Sou um monge de uma seita obscura.

Pensando que seria imprudência viajar com três desconhecidos e adoradores de seita obscura, Bem Ami abandonou o grupo, virou seu cavalo e voltou para Kethalos. Talvez lá, encontraria alguém de maior confiança.

2 comentários:

  1. O final dessa sessão valeu muitas risadas!

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  2. hahaha, pela história, deve mesmo ter sido uma aventura muito interessante.

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